2021: músicas, séries, filmes & livros

by - quinta-feira, janeiro 13, 2022

Não foi fácil viver 2021, mas eu venci. E que ano! Então é chegada a hora de escrever um pouco sobre o que me salvou nesses dias de insanidade ao redor do mundo. Mas pior do que ver a insanidade pela janela, é ter ela dentro de sua casa.

Posso mais uma vez considerar que foi um ano produtivo. Não li tanto quanto gostaria, não assisti a todos os filmes que pretendia e muito menos zerei a lista de séries, pelo contrário ela cresceu mais um pouco. A música tive um ano de ciclo vicioso obsessivo.

Photo by S O C I A L . C U T on Unsplash
Um resumo do ano:

Música: 58.350 minutos ouvidos;
Séries: 58 séries, sendo 64 temporadas com um total de 876 episódios;
Filmes: 36 filmes;
Livros: 45 títulos.

Música:
Eu disse que meu ano musical foi um ciclo vicioso obsessivo e posso provar:


Jamie Cullum pra mim é conforto e segurança, vai ser difícil virar esse jogo, porque uma vez que eu ouça qualquer playlist dele, automaticamente ele aparece em 1º na semana. Mas sigo fazendo o possível para conter o impulso e deixando pra ouvir quando fica insustentável - principalmente por conta de alguma crise de ansiedade. O tempo ouvindo música esse ano foi quase 50% menor que o anterior, o que certamente foi compensado vendo série.

#SpotifyWrapped

Mas sinceramente tenho muitas dúvidas se a métrica do algoritmo do Spotify está fazendo seu trabalho corretamente para captar e gerar a retrospectiva anual. Digo isso porque se Jamie Cullum é meu artista mais ouvido - em todos os quesitos possíveis - como é que pode o gênero mais ouvido ser MPB e o Vocal Jazz estar apenas em 4º. Eu tenho certeza absoluta que ouvi muito mais rock e jazz em 2021 do que MPB. E mais uma coisa: quando entramos na busca, onde aparecem as infos de gêneros musicais pra facilitar nossa busca de playlist, os 2 primeiros que aparecem são os nossos mais ouvidos - antigamente apareciam 4, caiu pra 2 quando implantaram as infos de podcast. E foi nessa mudança no app que o meu algoritmo se perdeu. Quando acessamos a busca pela web ou pelo computador, aparecem os 4 e aí tem uma discrepância sem tamanho porque pra mim aparecem dois gêneros estranhos, dance/ eletrônico cristã e eu simplesmente não ouço nada desses estilos. Em tempo antes do dance/ eletrônico aparecia hip-hop, que adivinha: eu também não ouço! Quase iniciando uma conta nova na plataforma para ver se isso se resolve.

Print: Spotify Web Player

Segue aqui a minha playlist com as minhas tocadas.


Séries:
Tem semanas que a vontade de assistir é nula, tem semanas que a vontade é de devorar tudo. Em 2021 vi muito mais coisa comparando com 2020, o que representa um aumento em mais de 200 episódios no ano. E eu nem cheguei perto das séries mais antigas e nem comecei quase nada do que já tinha na lista de "a começar". Obrigada Marvel por lançar novas séries e trazer de volta meu amado Daredevil!!

Print de 'stats' do Tv Time

Mais uma vez, eu terminei 2021 e comecei 2022 revendo Daredevil + Defenders. Receio que essa seja minha série favorita da vida e House fica com a medalha de prata. Deixo abaixo meus 5 destaques no quesito séries mais interessantes do ano. Sem ordem de preferência - mentira, Kin é de fato a que mais gostei no ano e deixei em 1º por isso - e com links para que vocês possam conhecer as que tiverem interesse. 


Imagens: Divulgação

Filmes:
Substitui os filmes natalinos pelos do Universo Marvel. É muito satisfatório assistir em ordem cronológica e ver a história se encaixando perfeitamente onde deve ser. Não tive coragem de ir ao cinema ver No Way Home e/ ou Matrix 4. Entretanto me preparei para tal, vendo os dois filmes de Homem-Aranha do Andrew Garfield que não tinha visto e revi todos os outros, logo vejo No Way Home - porque os spoilers foram controlados até certo ponto, porque peguei um que não procurei e  não gostei de saber.

Praticamente só vi filmes já lançados há alguns anos. Entre os quais, a franquia de X-Men que havia começado em 2020. Seguem os meus destaques do ano, sem ordem de preferência, mesmo.

Imagens: Divulgação

Livros:
E pra fechar, mas não menos importante minhas leituras. Li 10 a menos se for comparar com o ano anterior, mas isso não me incomodou. Como disse lá no início não foi fácil viver 2021. Mas pelo menos todo mês teve pelo menos 1 livro ou conto lido. Ter acesso aos contos gratuitos da Amazon fazem muita diferença. Mas esse ano percebi que o Kindle é um meio muito mais prático para acumular leituras. A estante tem facilmente mais de 500 opções. E muitos outros vão chegar. E fica a pergunta: como ler tudo isso?

Print retrospectiva Leituras de 2021 do Skoob

Esse ano destaco 5 livros e 5 contos, em ordem de preferência. Com direito a autor que segue na lista pelo segundo ano.

Livros:
Verity - Colleen Hoover
Misery - Stephen King
A fúria dos reis - George R.R. Martin
A esposa silenciosa - Karin Slaughter
A pequena livraria dos sonhos - Jenny Colgan

Contos:
Singular - Zoe X
O conto da raposa vermelha - R. J. Dabliu
21 micro contos - Gabriel Mascarenhas
A porta no muro - H. G. Wells
Um acordo de Natal - Aline Sales

Capas dos livros retiradas da internet

Deixo aqui um pequeno comentário sobre o que me fez gostar dessas leituras. E a conclusão é que apenas um dos cinco livros preferidos era inédito no meu radar, os outros já estavam na famigerada lista de "um dia eu leio, quem sabe...". Fica a lembrança que muitos ebooks foram conquistados lá no início da quarentena, quando a pandemia era levada a sério. (Se cuidem, ainda não acabou!!!)

Esse livro tinha chamado minha atenção há tempos, pela capa e sinopse. Mas quando a leitura começa nada do que tenha sido dito na sinopse te prepara para o que você encontra nessa história. Pra se ter ideia, você sai de uma morte aleatória pra um desejo de romance em parágrafos, e isso não soa nada como loucura. É uma escrita fascinante, que prende a sua atenção e as vezes seu fôlego. Fica o aviso dos seguintes gatilhos: tentativa de aborto, cena de morte descritiva, maus-tratos a crianças e psicopatia. Foi meu primeiro livro da Colleen, mas não será o único.

Já li alguns livros do King e nenhum deles tem nada de semelhante. A escrita do King é primorosa e suas histórias são maravilhosas. Esse é mais um daqueles livros que estava na minha estante há tempos, mas só iniciei essa leitura quando encontrei uma LC dele. Mas não era o momento certo para mim. Eu demorei meses para concluir o livro. Passei muita raiva porque faz parte da história ter um livro dentro do livro e esse livro foi responsável por todas as vezes em que eu quase desisti e taquei o Kindle na parede. Por sorte, a história principal te segura ali, te faz ter vontade de saber o que acontecerá com a vida de Paul e Annie. Não é minha recomendação para iniciar a ler King, se sua ideia for essa comece por Joyland

Esse é o livro que não estava em meu radar, eu nunca tinha ouvido falar sobre ele. E esse livro é o 10º de uma série de romances policiais chamada "Série Will Trent", sendo Will Trent um detetive. Eu não faço a menor ideia do que acontece nos nove livros anteriores a esse porque pra mim não fez a menor diferença! Não é necessário ter lido nada antes para compreender a história, apenas fica a pergunta para saber porque a série é do Will Trent se ele parece ser um personagem secundário. A leitura engrenou lá pelo capítulo 5. E a todo momento a pergunta era "Quem é esse filho da puta?" junto com "Eu não sei nem como classificar esse desgraçado!" nessa história Will e a equipe da GBI - Georgia Bureau of Investigation - estão investigando uma série de crimes sexuais e assassinatos ocorridos ao longo de vários anos em Atlanta e arredores. As cenas dos médicos legistas são bem descritivas e tem também um monte de gatilhos, listados a seguir: assassinato, estupro, agressão, assédio, sodomia forçada, mutilação de cadáver e necrofilia. É uma lista extensa de gatilhos, mas que fazem essa leitura ser mais uma daquelas de prender o fôlego e passar muita raiva. E o final é satisfatório, afinal não existe crime perfeito.

Esse romance foi um dos presentes de quarentena, foi um livro que foi disponibilizado gratuitamente em algum momento da pandemia. Lembro de ter visto ele logo que foi lançado, mas ele foi ficando sempre pra depois. Em meio a uma crise de insônia e ansiedade em alguma madrugada, decidi começar essa leitura. Afinal é um romance, com esse nome vai ser algo fofo. Um romance sobre importância da leitura e da literatura para diversos tipos de pessoa. De fato é isso mesmo, mas tem mais. É uma história de amor, mas que tem amizades sinceras, superação e realização de sonhos. No início eu queria matar os amigos da Nina, os dois. Mas a Nina consegue seguir com seus objetivos mesmo nas adversidades, apesar de quase desistir porque não se achava capaz.

É um livro sobre amor, vida e morte. A morte não é um spoiler nessa história. Pra mim foi uma história bem difícil de ser lida, porque eu sou o tipo de pessoa que não consegue aceitar a morte como consequência da vida. E esse conto, de certa forma, mostra como se deve viver sabendo que mais nada pode ser feito além de aguardar a chegada do fatídico dia. E Ayleen Pumpkin faz isso com maestria e malandragem na companhia de seu melhor amigo.

Eu gosto muito dos contos do Gabriel porque eles me desafiam. Eles fazem pensar, refletir e até achar conexões com outras coisas das quais nem ele nem faz ideia da existência, como foi o caso de eu relacionar o conto "Padrão" com a música "Essa Coisa (Acorda - Trabalha - Repete - Mantém)" da Fresno. E eu me sinto desafiada porque ele usa referências fora do meu campo de conhecimento e se quiser de fato entender, preciso ir buscar elas de outra forma. Nesse ebook, existem contos inéditos, mas também os que ele publicou ao longo de 2020 em seu já desativado perfil do Instagram.

O que me chamou atenção nesse conto que também foi um dos presentes da quarenta, foi seu autor. E aqui temos a busca de Wallace por sua porta no muro. Ao longo do conto vemos que a porta aparece muitas vezes, mas ele só tinha conseguido entrar nela uma única vez por n motivos. É uma história curta, mas que nos faz pensar no real significado da dita porta.

Como todo bom conto de Natal, tem que ter um casal. Mas o casal desse conto não é um casal convencional, afinal Betina está tão desesperada para não ser despejada que aceitar ser uma sugar baby. O que eu mais gostei nessa história que envolve uma sugar baby e um CEO é que ele não descamba para o hot como em uma infinidade deles. Eu de fato amei esse conto ao ponto de o indicar como leitura na semana do Natal para outros leitores.

Bônus:
O ano de 2021 foi o responsável por eu saber o que é crise de ansiedade. Foram muitas, intensidades diversas e em qualquer horário e lugar. Mas um coisa que me ajudou em muitos desses momentos foi assistir "Que história é essa Porchat?" no YouTube. Foram incontáveis as vezes que eu deixei essas histórias rodando até cair no sono pra me acalmar. Deixo aqui 3 das minhas histórias favoritas: Gregório Duvivier, João Vicente de Castro e Fernanda Torres.



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